Mas, mesmo sendo cínico e cético em relação a quase tudo que respira e que se move, admito que algumas coisas, não dá para deixar “passar batido”.
No último sábado eu voltava pra casa e parei no ponto pra esperar o ônibus. Por alguns minutos acompanhei o trabalho do pessoal que fazia a coleta de lixo. Um dos rapazes vinha à frente do caminhão agrupando caixas e sacos de lixo para tentar agilizar a coleta.
O trabalho deles seria bem mais rápido, não fossem os sacos rasgados, ou mal-fechados, caixas abertas e outros e objetos simplesmente jogados por cima dos montes de lixo.
Em um espaço de aproximadamente 300 metros a equipe de funcionários teve, por diversas vezes, que descer do caminhão, munida de vassouras e pás para varrer o lixo espalhado no chão.
Confesso que enquanto um dos rapazes catava com as próprias mãos o lixo jogado no chão, senti vergonha. Tive vontade de pedir desculpas pela nossa falta de educação. Hesitei e terminei não dizendo nada.
Em um dos pontos da Avenida Bonocô (próximo à REVISA), o caminhão da coleta chega religiosamente no mesmo horário, todos os dias. Os funcionários recolhem o lixo, esvaziam as caixas coletoras, varrem a calçada... tudo em vão. Alguns moradores (não são poucos) também religiosamente jogam o seu lixo fora, depois que o caminhão passa.
Vejo as campanhas e programas na TV falando de reaproveitamento e da diminuição da produção de lixo. Não consigo enxergar isso como uma possibilidade real (a curto ou em longo prazo).
Precisamos aprender o básico, precisamos aprender a jogar o nosso lixo fora.
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